Em razão de um vídeo amador sobre Maomé exibido na internet quatro americanos foram assassinados , assim como a tentativa de matar um cartunista dinamarquês que, em 2005, desenhou o profeta com uma bomba no turbante, deixaram muitos americanos confusos, revoltados e assustados com a indignação de alguns muçulmanos pela representação de suas figuras sagradas.
A confusão acontece, pelo fato de na cultura americana, as imagens sagradas são encontradas em toda parte. Deus, Jesus, Moisés, Buda e outras figuras semelhantes aparecem em filmes, desenhos, igrejas e até mesmo nas paredes das salas de estar.
Entretanto, os americanos têm toda uma história de conflitos, alguns deles mortais, em razão da exposição do sagrado. O caminho para o debate civilizado sobre tais representações não é nem breve nem fácil.
As imagens do sagrado não causaram violência das massas nos EUA, mas provocaram intenso conflito. Nossa capacidade de defender uma cultura bastante saturada de reproduções do divino, em grande parte isenta de violência, só surgiu depois de uma maciça transformação tecnológica, de séculos de imigração e de movimentos sociais que obrigaram os americanos a aceitar as diferenças de raça, etnia e religião.
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