terça-feira, 9 de outubro de 2012

Brasil pode ter o primeiro santo de farda



Um soldado da Polícia Militar de São Paulo é o mais novo candidato a santo do país. José Barbosa de Andrade tinha 33 anos quando, em 6 de janeiro de 1999, morreu afogado nas águas do Rio Tamanduateí para salvar uma moradora de rua embriagada, que havia caído. A PM começou a reunir documentos e testemunhos sobre a vida e morte de Barbosa, como era conhecido na corporação, para pedir a beatificação ao Vaticano. A postuladora da causa é a irmã Célia Cadorin, da Congregação das Irmãzinhas de Imaculada Conceição, responsável pelos processos de santificação de Madre Paulina e Frei Antonio de Santana Galvão.
Irmã Célia explica que, no caso de Barbosa, o fato de ele ter sido mártir, ou seja, ter sacrificado a sua vida para salvar a de outra pessoa, dispensa a comprovação de um milagre para o Vaticano decretar a beatificação. Segundo a religiosa, a identificação de um mártir tem como base ensinamento de Santo Agostinho. "O martírio se conhece pelo motivo praticado, como dar a vida pela fé ou por Jesus Cristo", explica.
O padre e tenente-coronel Osvaldo Palopito, chefe da capelania da Polícia Militar, diz testemunhar casos de abnegação e renúncia envolvendo policiais militares, porém, afirma que o do soldado Barbosa se diferenciava. "Envolve fé e caridade fundamentadas no amor a Deus. A excepcionalidade do sacrifício está no fato de ele ter arriscado a vida consciente do risco que corria", observa.

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