O prêmio nobel de Medicina foi concedido para dois pesquisadores que descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se transformar em células pluripotentes, como as células-tronco embrionárias.
Uma descoberta feita há 50 anos e outra há apenas 6-complementares, que juntas mostraram como é possível reprogramar células adultas para que elas retomem a versatilidade das células-tronco embrionarias-renderam ontem o prêmio Nobel de Medicina. Os laureados foram o biólogo britânico John Gurdon,da Universidade de Cambridge, e o médico japonês Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto. O campo de estudo aberto pelos dois pesquisadores é hoje um dos mais promissores tanto para a medicina quanto para a biotecnologia, uma vez que trouxe novas possibilidades para as pesquisas com células-tronco.
Ao fazer com que células adultas pudessem "voltar no tempo" e começassem agir como as versáteis células-tronco embrionárias - que podem se diferenciar em todas as outras células e tecidos do corpo-, abriu-se uma alternativa para o próprio uso dessas polêmicas células.
Para obtê-las, é preciso destruir embriões, como, por exemplo, os descartados em clínicas de fertilidade, condição que enfrenta a resistência de grupos religiosos. Além disso, sua aplicação terapêutica demanda uso de imunossupressores, uma vez que funciona como um trasplante e pode causar rejeição.Já a pluripotência induzida poderia ser obtida com células de próprio paciente, evitando esse tipo de problema.
"Essas descobertas revolucionárias mudaram complemente a maneira como vemos o desenvolvimento e especializacão celulares. Compreendemos agora que as células maduras não têm de estar confinadas para sempre ao seu estado especializado. Livros foram reescritos e novas áreas de pesquisas foram estabelecidas. Ao reprogramar as células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvover métodos de diagnóstico e tratamento", disse Hansson.
Laureados: O japonês Shinya Yamanaka(esq.) e o inglês John Gurdon
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